No final do seu mandato com o presidente dos Estados Unidos Barack Obama recebeu um doutoramento honorário e proferiu a chamada “oração de sapiência”, um discurso que se espera inspirador para estudantes que acabam os seus cursos. Depois de discutir a interconectividade do mundo, os desafios das alterações climáticas e as características do sistema democrático americanos, Obama chama a atenção para o que deveria ser óbvio, mas que está a tornar-se um problema sério nas sociedades modernas. Disse ele que, “na política e na vida, a ignorância não é uma virtude! Não saber do que estamos a falar não é desafiar o politicamente correto, é não saber do que estamos a falar”.
Tony Blair, relata uma experiência semelhante: num debate sobre as consequências do Brexit, alguém o acusou de ser um elitista por achar que sabia mais sobre o assunto do que os eleitores que escolheram sair da UE. Blair respondeu que, vivendo numa democracia, o seu voto tinha exatamente o mesmo valor que o voto de qualquer outra pessoa, mas tendo sido primeiro-ministro do Reino Unido durante 10 anos saberia certamente mais do assunto do que alguém que não tivesse dedicado tempo e esforço a estudar o assunto.
Nota: Pode ler este conteúdo na íntegra na edição impressa do Diário de Notícias de 20 de janeiro de 2025.