A reabertura da Catedral de Notre-Dame, em Paris, foi um momento sublime de reencontro, dos que lá puderam estar ou dos milhões que a televisionaram, com o sentido de Deus.
Um dos melhores livros que alguma vez li sobre a Idade Média foi «O Tempo das Catedrais», de Georges Duby. Não tinha de ser um historiador francês o seu autor, mas só um grande historiador francês, como Duby, o poderia ter feito tão bem. Porque a França medieval foi o reino-pátria das mais majestosas igrejas e mosteiros do tempo, desde as abadias de Cluny ou Cister às cinco grandes catedrais, de Paris, Reims, Chartres, Amiens e Saint-Étienne. Houve Gótico “radiante” um pouco por toda a Europa, mas a arquitetura religiosa francesa do tempo impôs-se pela sua especial concentração, beleza e capacidade de evocar a transcendência.
Nota: pode ler este conteúdo na íntegra na edição online do Observador de 11 de Dezembro 2024.