É assim que as boas intenções acabam em investigações. Somos todos portugueses de aquém e de além-mar, mesmo se a relação de identidade, a matriz cultural, a relação afectiva, não passe de uma memória volátil baseada no passado de um membro distante da família. O vínculo da nacionalidade é na circunstância das gémeas apenas um pretexto legal para extrair um tratamento privilegiado de um país que não passa de uma memória de família. Vir a Lisboa fotografar a estátua de Pedro Álvares Cabral, ter acesso a medicação no valor de 4 milhões de euros e depois voltar para o Brasil. É a versão de um “turismo médico” inacessível ao comum e vulgar português doente e esquecido numa fila de um centro de saúde.
Nota: pode ler este conteúdo na íntegra na edição online do ECO de 11 de junho 2024.