Quanto mais Kamala Harris fala e se expõe – nomeadamente em entrevistas minimamente desafiantes – pior candidata se revela. Percebem-se assim cada vez melhor as razões que levaram a campanha Democrata a tentar proteger até ao limite a sua candidata presidencial. De facto, Kamala foi extremamente resguardada tendo a sua campanha reduzido a sua exposição mediática em contextos mais desafiantes ao mínimo até ao momento em que a queda nas sondagens levou a uma inversão de rumo. O pior – para os Democratas – é que a exposição de Kamala Harris a mais entrevistas reforçou a percepção de impreparação e incapacidade (a este respeito a recente entrevista à Fox News, apesar de deliberadamente curta, foi particularmente notória e danosa para Kamala).
Aliás, o dado mais preocupante para os Democratas das sondagens mais recentes não é o empate técnico que se continua a verificar (e que deixa tudo em aberto) mas a constatação de que, depois do pico de popularidade atingido por Kamala Harris a seguir à sua entronização sem primárias, a candidata presidencial Democrata se encontra em queda acentuada (em especial entre eleitores independentes e jovens), confirmando os efeitos negativos da sua maior exposição mediática.
Artigo completo disponível no Observador.