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Carlos Marques de Almeida - Fantasias em campanha

Thursday, May 15, 2025 - 12:23
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Eco

O país necessita para a sua viabilidade do regresso da política e do regresso das políticas. Soluções estruturadas com vista a corrigir as debilidades da nação.

Acampanha eleitoral em Portugal não é a democracia militante em movimento. Se a campanha eleitoral é a tradição degradante de uma caravana sem política, então que se acabe com a tradição que está a acabar com a política.

A campanha eleitoral é sinónimo de velhas tácticas, velhos vícios e novos riscos. Ninguém quer falar dos riscos porque o único risco que os políticos reconhecem é a derrota de não serem eleitos. Quando a política é a auto-celebração das qualidades que ninguém reconhece, a democracia está em risco pela hipocrisia e abrem-se as possibilidades para todas as soluções não democráticas, mas tão genuínas como legítimas. Genuínas e legítimas porque consagradas pelo escrutínio dos votos. Diga-se a propósito que a hipocrisia é o único vício público que não pode ser tolerado porque a confissão de um hipócrita será sempre um acto de hipocrisia. Os políticos têm de perceber que o valor da liberdade é o vínculo invisível que liga os portugueses e os políticos no empreendimento democrático. Os políticos têm de reconhecer que a ambição do poder é apenas o vínculo inconfessável da vaidade individual destituída de qualidades. A campanha eleitoral é a ambição em movimento e a democracia em ornamento.

Artigo completo disponível em Eco.