Qualquer pessoa que tenha acesso às notícias saberá o que se passou entre os Presidentes dos Estados Unidos e da Ucrânia na sexta-feira. E qualquer pessoa que se sinta confortável com o sistema internacional baseado no direito, no multilateralismo e na diplomacia terá ficado aterrada com o que aqueles 15 minutos nos dizem sobre a posição americana no mundo.
Mas a mesma pessoa que estará aflita com as últimas 72 horas poderá lembrar-se da montanha-russa (e a expressão é particularmente adequada…) que temos vivido desde que Trump regressou à Casa Branca: guerras comerciais contra aliados e adversários; pretensões imperiais direcionadas ao Canadá, Dinamarca, Panamá e Palestina; abandono dos mecanismos multilaterais e asfixia financeira dos apoios aos países que mais precisam de ajuda; e comentários derrogatórios dirigidos aos amigos da América, acompanhados por elogios a Putin. Uma coisa se diga sobre Trump: não há sofisticação ou jogos de sombras. Ele diz o que pensa.
Artigo completo disponível no Diário de Notícias de 3 de março.