A Convenção da Iniciativa Liberal mostrou um partido numa encruzilhada. Entre a séria ameaça do voto útil no PSD (um perigo particularmente acentuado em autárquicas dada a natureza do nosso sistema eleitoral e a débil implantação territorial da IL fora dos principais centros urbanos) e a rivalidade do Chega na luta pelo voto anti-sistema, Rui Rocha procurou reinventar o partido passando uma certidão de óbito ao wokismo e tentando deslocar o partido para a direita.
Procurar votos em quem, à direita, não se revê na governação AD e simultaneamente está descontente com o Chega, poderá ser tacticamente inteligente, mas importa analisar o que está em causa de uma forma mais abrangente. Em Março do ano passado, identifiquei aqui três pecados da IL que me parece oportuno agora recordar brevemente no contexto da tentativa de reposicionamento em curso.
Nota: Este conteúdo é exclusivo dos assinantes do Observador de 12 de fevereiro de 2025.