André Azevedo Alves: "Pedro Nuno, o radical impreparado"
O medíocre discurso de Pedro Nuno Santos depois da sua vitória nas eleições internas no PS, cheio de agressividade e praticamente vazio de ideias para resolver os problemas do país, deu o mote para o que temos assistido desde então por parte da nova liderança do PS. As fragilidades do novo líder ficaram também patentes na generalidade dos debates televisivos, nos quais — com excepção parcial do bem ensaiado frente a frente com Luís Montenegro — a falta de preparação de Pedro Nuno Santos ficou repetidamente patente.
Mesmo o que correu melhor a Pedro Nuno Santos no debate com Luís Montenegro — pressionar o PSD sobre o que fará perante um governo minoritário do PS — foi prontamente desfeito nos dias seguintes com uma sucessão de contradições face à própria posição do PS perante um possível governo minoritário do PSD. As sucessivas mudanças de posição não ajudam a consolidar a imagem desejada de homem de decisão e acção reforçando antes uma percepção de carácter irascível e instável, perfil pouco aconselhável para ocupar posições de responsabilidade como o cargo de primeiro-ministro.
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