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Estudantes de Universidades da SACRU debatem Democracia Liberal em Lisboa

Wednesday, July 10, 2024 - 11:53
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UCP

Foi no relvado da Sede da Católica e ladeados pelas muralhas do Castelo de São Jorge, na solarenga cidade de Lisboa, que 16 jovens estudantes de todo o mundo se reuniram para debater Democracia Liberal. Uma rica reflexão académica numa viagem pelos quatro continentes, de 1 a 14 de julho.

Inês Caxias e Marco Osório foram dois dos estudantes da Universidade Católica selecionados para participar nesta Summer School inaugural da Strategic Alliance of Catholic Research Universities. A estudar Ciência Política e Relações Internacionais no Instituto de Estudos Políticos da UCP – coorganizador do programa – para a Inês a escolha foi óbvia e ao fim da primeira semana, garantia “gostar muito”. “As aulas são intensas, mas aprende-se mesmo muito” e “o ambiente é fantástico”, apontou.

Está particularmente interessada “nas aulas sobre as crises e os desafios da democracia” e em especial nas sessões sobre “o sharp power, as ameaças às instituições internacionais e a sobre se a IA irá comprometer a democracia".

Numa área distinta, a frequentar o Mestrado de Gestão na Católica Porto Business School, Marco, de 23 anos, ficou igualmente entusiasmado com o programa. “Tenho um particular interesse por temas que movem o mundo, como a política. Gosto de conhecer vários pontos de vista e aprofundar conhecimentos sobre esta área”, explica.

Sobre o programa “bastante enriquecedor e completo”, como descreve, o que o mais interessa é explorar a fundo “tópicos como a democracia liberal, a ameaça do autoritarismo e as mudanças sociais.”

Ainda na Península Ibérica, Pau Gener Ferrer, com 21, estuda Filosofia, Política e Economia, na Universitat Ramon Llull, Barcelona. Ficou a conhecer a Summer School da SACRU através da associação de estudantes e considerou-a uma oportunidade para discutir a democracia liberal, um tema ao qual acredita que a sociedade “deve muito”.

Já em Lisboa, afirma ter conhecido “pessoas incríveis”. Mas “a melhor parte foi conhecê-las enquanto trabalhavam juntas, a debater. É sempre estimulante estudar no estrangeiro, mas não é todos os dias que se tem a oportunidade de trabalhar lado a lado com pessoas de diferentes idades, origens e nacionalidades”, frisou, naquele que é precisamente o ponto chave desta Summer School: multiculturalidade e multidisciplinaridade.

Vinda de Milão, Erica Locarini, trouxe a expectativa de conhecer “perspetivas diferentes” e de abordar “pontos da democracia que não são abordados nas aulas regulares, por exemplo, a ligação entre democracia e IA.”

Frequenta o Mestrado em Policies for International development cooperation na Università Cattolica del Sacro Cuore di Milano, e está particularmente entusiasmada pela oportunidade de conhecer a cultura portuguesa, na Noite de Fado.

Do outro lado do mundo chegou Felipe Lledó. Tem 24 anos, é chileno, e está no último ano do Mestrado em Línguas e Literatura na Pontificia Universidad Católica de Chile. É a primeira vez que visita um país europeu e confidencia que quis participar porque sempre gostou de “aprender sobre política.” Tendo tentado ligar a investigação em linguística ao discurso político: “penso que esta Summer School me pode dar ferramentas teóricas para compreender melhor os fenómenos políticos que quero estudar na área da linguística.”

Com um programa verdadeiramente rico, este pequeno grupo, composto ainda por estudantes de Boston College, USA e da Australian Catholic University, “promove debates intensos e interessantes, uma vez que todos trazem para a mesa perspetivas únicas”, explica Inês. E ao fim de apenas cinco dias, “novas amizades foram criadas e ligações globais feitas,” destaca Marco.

Num balanço sobre a Summer School, Pau frisa a aprendizagem “de formas criticar e defender a democracia” que considera ter ajudado “a compreender melhor o funcionamento das ideias e dos sistemas políticos”.

Por outro lado, Felipe destaca as diferentes perspetivas sobre a democracia: “ouvir e aprender como estes temas são discutidos e vistos nos EUA e na Europa, em contraste com a América Latina”, mas também entre os diferentes autores e teorias, como realça Marco.

Para estes estudantes, foi não só a oportunidade de debater temas, mas também o primeiro contacto com a SACRU. Marco considera que a “experiência passou uma excelente imagem da Aliança Universitária”, notando que é uma iniciativa de “extrema importância para o reforço de laços intercomunitários e desenvolvimento dos conhecimentos dos estudantes.”

“Numa altura em que assistimos a tendências de ‘desglobalização’, estes momentos de partilha e estudo entre diferentes culturas são bastante importantes”, resume Marco.