Sempre que passo à porta da minha repartição de Finanças um pouco antes das 9 horas da manhã num dia de semana o cenário é, invariavelmente, o mesmo: uma longa fila na rua, com pessoas de todas as idades dispostas ao longo do passeio marcando a sua vez enquanto aguardam pela ansiada abertura de portas para tentarem resolver os seus problemas. Este cenário terceiro mundista não é, infelizmente, exclusivo dos serviços de Finanças.
Pelo contrário: ilustra e simboliza de forma eloquente o estado de quase colapso (em alguns casos mesmo de colapso) a que chegaram muitos serviços públicos em Portugal.
Nota: Este conteúdo é exclusivo dos assinantes do Observador de 20 de novembro de 2024.