Qualquer pessoa que se preocupe com a democracia, a diplomacia e a cooperação multilateral já andava aflita com o mundo há muito tempo. Mas, desde a tomada de posse do presidente Trump, essa pessoa terá acrescentado a descrença e até o desespero à aflição. De facto, as bases em que fomos construindo o sistema internacional, com todos os defeitos e virtudes, parecem agora postos em causa.
Em pouco mais de dois meses, Trump conseguiu reaproximar o Reino Unido da União Europeia e obrigar Bruxelas a repensar toda a sua política externa e de defesa. Mas a Europa, isoladamente, dificilmente conseguirá ocupar o espaço que Washington deixa vago ou posicionar-se como um ator relevante num sistema onde os Estados Unidos, a China (e em menor grau) a Rússia decidirão o futuro.
Artigo completo disponível no Diário de Notícias.