Carlos Marques de Almeida - Ministério da Segurança do Estado

Quarta-feira, Junho 26, 2024 - 16:28
Publication
Eco

Será que os portugueses podem estar tranquilos relativamente aos seus direitos, liberdades e garantias? A lógica parece ser a de que todos somos culpados de algum delito, basta para isso procurar bem.

Vamos falar de escutas telefónicas. Portugal é um país que oscila entre a “alma de porteira”, o distraído “informador”, o sórdido “voyeurismo”. As escutas telefónicas são uma presença sem rosto na vida política portuguesa. E uma presença sem rosto remete-nos para a face negra de um regime que respeita os direitos individuais, desde que estes sejam objecto de devassa pública. Escuta-se por suspeita, escuta-se por economia de meios, escuta-se porque é fácil escutar. Todas as escutas são feitas em nome do “superior interesse da República” e no âmbito da arbitrariedade de quem tem poder para escutar.

Nota: pode ler este conteúdo na íntegra na edição online do ECO de 24 de junho 2024.