Em janeiro passaram-se 5 anos desde a saída efetiva do Reino Unido da União Europeia. Para assinalar a data, realizaram-se sondagens acerca da perceção dos britânicos sobre o Brexit, em que a maioria se mostra desiludida com as suas consequências, mas, e ao mesmo tempo, há um crescimento do apoio ao partido político que mais defende a saída do Reino Unido da UE. A somar à aparente contradição entre a avaliação das consequências do referendo e o apoio ao partido anti-UE, o governo britânico declarou que Londres não está obrigada a escolher entre Washington e Bruxelas.
No entanto, as condições que permitiram o Brexit estão a desaparecer. De facto, não sabemos o que acontecerá ao Direito Internacional, ao comércio mundial, aos mecanismos de Defesa que permitem a paz e o desenvolvimento económico e social um pouco por todo o lado e, em particular, no Atlântico Norte, mas os recados que o vice-presidente americano deixou em Munique apontam para a necessidade de as democracias europeias e o resto do mundo repensarem e aprofundarem os seus mecanismos de cooperação.
Artigo completo disponível no Diário de Notícias de 17 de fevereiro 2025.