Em Fevereiro de 2024, expliquei aqui as razões pelas quais o radicalismo e a impreparação de Pedro Nuno Santos constituíam problemas graves para o PS. Desde então, não só esse diagnóstico se confirmou como a crise do PS se agravou de forma substancial, muito por acção da actual liderança socialista. Parte do problema reside na forma como Pedro Nuno Santos tem radicalizado e encostado cada vez mais o PS à esquerda, erodindo o tradicional posicionamento mais próximo do centro político português.
Enquanto António Costa avançou para a geringonça fundamentalmente por ter vislumbrado nessa solução a possibilidade de aceder ao poder mesmo depois de ter perdido as eleições para Pedro Passos Coelho, Pedro Nuno Santos parece achar que o PS deve estar ao lado da esquerda radical e da extrema-esquerda por convicção – e não apenas por oportunismo político.
Nota: Este conteúdo é exclusivo dos assinantes do Observador de 9 de abril de 2025.