Num mundo tão complexo, instável e imprevisível é natural que precisemos de um esforço académico acrescido, e de uma verdadeira busca da excelência. O desafio que está a ser colocado à liberdade, à paz e à democracia é dos maiores de sempre. E, se não forem os nossos Licenciados, nas sua futuras funções e responsabilidades, a tomarem as decisões que mais promovam estes valores: estaremos perdidos. Como evitar a tirania? Como evitar a próxima guerra? Como fazer a liberdade perdurar?
Para responder, propomos um leque abrangente de ciências sociais, que teremos ao longo dos próximos três anos: que vão desde a política e relações internacionais, à história, passando pelo direito, à estatística ou à economia. E por vezes não se tratará de vincar cada uma destas áreas, delimitando-as, mas sim convocar o diálogo que se pode compreender na sobreposição entre as áreas.
E também precisaremos de elevar o padrão da exigência porque num mercado dinâmico e acelerado, como o de hoje, desconheceremos as vontades do futuro, as inclinações ou preferências das pessoas e empresas, desconheceremos algumas das ideias que surgirão, e portanto, desconhecemos as profissões de amanhã.
A preparação que aqui encontrarão terá de sinalizar para o exterior um conjunto de competências muito alargado e firme. E é precisamente a essa “profissão”, que hoje ainda não tem nome – porque não sabemos qual é - que a educação das chamadas “artes liberais” dará resposta. Não afunilando os conhecimentos em torno de um tema atual específico, que poderia ter interesse momentâneo – ou seja, passageiro, mas procurando dotar os nossos graduados com a maior destreza de pensar possível, com capacidade de analisar em vários domínios do saber, e refletir criticamente de forma alicerçada, justificada e com vista ao enriquecimento da conversação.